quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Precisando vencer, Palmeiras quer aproveitar bom retrospecto em Salvador

Bahia e Palmeiras se enfrentam em Salvador no Estádio de Pituaçu nesta quarta-feria, às 19h30 (de Brasília), pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo é muito importante para as equipes, já que o Tricolor Baiano é o primeiro fora da zona de rebaixamento com 35 pontos e o Verdão segue na zona da degola, com 26 pontos.
O time baiano tem uma das piores campanhas como mandante neste campeonato, vencendo apenas quatro das 15 partidas feitas em casa. Já o Alviverde venceu apenas duas vezes como visitante.
Maurício Ramos confia que o grupo dará a volta por cima (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
Maurício Ramos confia que o grupo dará a volta por cima (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)

O jogo ganha importância por ser um confronto direto entre dois times que lutam contra o rebaixamento, sendo que baianos têm nove pontos a mais que os paulistas na tabela. O zagueiro Maurício Ramos sabe que este é um jogo importante e que o time precisa de confiança para vencer e diminuir a diferença para o próprio Bahia.
– Precisamos ter confiança, eu tenho no grupo, temos que fazer o jogo das nossas vidas. Quem jogar vai suar sangue para conseguirmos vencer – disse o zagueiro alviverde.
No confronto direto entre as duas equipes em Campeonatos Brasileiros, o Palmeiras leva ampla vantagem. Venceu 15 partidas contra oito vitórias do Bahia, além de oito empates. Nos jogos na Bahia, vantagem alviverde. Cinco vitórias, cinco empates e três vitórias baianas.
A última vitória do Tricolor Baiano em casa foi em 1988, há 24 anos. De lá pra cá, o Verdão venceu cinco jogos, além de mais dois empates. O time do Palestra Itália conta com este tabu a seu favor.

Link: http://www.jogadaensaiada.com.br/precisando-vencer-palmeiras-quer-aproveitar-bom-retrospecto-em-salvador.html

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Para Bruno, Verdão precisa começar a vencer já nesta quarta-feira

Os seguidos maus resultados aumentam, a cada rodada, o risco de rebaixamento do Palmeiras. Após a derrota por 1 a 0 no último domingo para o Náutico no Recife, restam apenas oito jogos para a equipe evitar este vexame. Meses após garantir vaga na Libertadores-2013, conquistando a Copa do Brasil, o ano corre risco de ficar marcado por mais um rebaixamento.
O Verdão está em 18º lugar no Brasileirão, com apenas 26 pontos em 30 jogos, sendo que está a nove pontos de distância do Bahia, primeiro time fora da zona de rebaixamento e próximo adversário na briga direta contra a Série B. O time precisa de uma sequência de vitórias para conseguir se salvar da degola.
O goleiro Bruno sabe que o time precisa voltar a vencer (Foto: Tom Dib)
O goleiro Bruno sabe que o time precisa voltar a vencer (Foto: Tom Dib)

Para o jogo contra o Bahia, em Pituaçu, o treinador Gilson Kleina terá o retorno dos zagueiros Henrique e Maurício Ramos, mas continuará sem contar com Marcos Assunção, Correa e Maikon Leite, ainda contundidos, e de Juninho e Thiago Heleno, que cumprem suspensão. Segundo o goleiro Bruno, o time precisa vencer já no próximo jogo.
– De quarta-feira não passa, precisamos do resultado e vamos conseguir de um jeito ou de outro. Temos que fazer o resultado – garantiu o goleiro.
Neste momento de crise, o Alviverde vai evitar contato com a torcida. O time continua em Recife até quarta-feira, quando viaja para Salvador onde enfrenta o Bahia. De lá, partirá direto para Araraquara, local da partida contra o Cruzeiro no sábado.  E no domingo viaja para Bogotá, onde enfrentará o Milionários (COL) na terça-feira pela Copa Sul-Americana. Só retornando a São Paulo na quarta-feira, dia 24. Com isso, o gerente de futebol palmeirense César Sampaio pretende evitar qualquer ato de violência contra o time.
– Neste momento, não pedimos que os palmeirenses apoiem, mas que entendam que qualquer tipo de violência pode prejudicar ainda mais. A pressão é normal nos grandes clubes, mas não adianta nada esse tipo de violência – disse o ex-jogador do clube.

Confira os últimos jogos do Verdão na luta contra o rebaixamento:
Bahia X Palmeiras – Salvador-BA
Palmeiras X Cruzeiro – Araraquara-SP
Internacional X Palmeiras –Porto Alegre-RS
Palmeiras X Botafogo – Araraquara-SP
Palmeiras X Fluminense – Araraquara-SP
Flamengo X Palmeiras – Rio de Janeiro-RJ
Palmeiras X Atlético-Go – São Paulo-SP

Link: http://migre.me/bbl03

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uruguai joga bonito e conquista sua 15ª Copa América

Seleção celeste deixa Brasil e Argentina para trás e se consolida como a melhor seleção do continente

Na edição 2011 da Copa América muitos acreditavam em uma final entre Brasil e Argentina. A imprensa internacional e nacional previa um duelo entre as duas seleções (consideras as melhores do continente), muitos queriam de fato ver o confronto de Neymar e Messi.

Mas essa competição trouxe muitas surpresas e uma certeza: desde a última Copa do Mundo, o Uruguai é a melhor seleção da América do Sul, já que eles chegaram à semifinal da competição mundial, dando orgulho ao país; enquanto Brasil e Argentina foram até as quartas de final, voltando da África do Sul com uma enorme frustração.

Na primeira fase, as surpresas começaram. Brasil e Argentina começam mal e empatam seus dois primeiros jogos. As duas seleções ganharam apenas na terceira rodada. O Brasil ainda conseguiu liderar seu grupo, já a Argentina ficou em segundo, atrás da Colômbia.

Apontado como terceira força da América do Sul, o Uruguai também assustou sua torcida. No início começou mal e ficou em segundo no seu grupo, atrás do Chile, que foi apontado como a melhor seleção da primeira fase. “Na primeira fase, Brasil, Argentina e Uruguai decepcionaram, não jogaram bem. Enquanto isso, o Chile foi quem praticou um melhor futebol, jogando bem e empolgando sua torcida”, afirmou o jornalista esportivo Carlos Eduardo Éboli em reportagem à CBN.

As zebras passeiam pela competição

Na segunda fase da competição, nas quartas de final, as chamadas zebras apareceram já no primeiro jogo, Colômbia e Peru. Os colombianos foram melhores durante todo o jogo, perderam gols, inclusive um pênalti, desperdiçado por Falcão Garcia, a estrela da equipe. Mas depois de um empate sem gols no tempo normal, o Peru fez dois gols, em dois contra ataques, e venceu o jogo, mesmo não jogando tão bem.

A Argentina, jogando em casa, com apoio de sua torcida e com o melhor jogador do mundo, Messi, não conseguiu eliminar o Uruguai, depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. Mesmo com a Argentina tendo mais chances de gol, não conseguiu vencer um dos jogos mais disputados da competição. E foi nos pênaltis que a estrela do goleiro Muslera apareceu: depois de ter feito várias defesas difíceis com a bola rolando, ele defendeu a cobrança de Tévez (um dos maiores ídolos atuais do futebol argentino) e tirou a dona da casa da Copa América.

No dia seguinte, os brasileiros enfrentaram os paraguaios. Mesmo não jogando mal, criando chances de gol, com o Paraguai todo recuado e jogando na defesa, o Brasil não conseguiu fazer um gol sequer e vencer o jogo, nem nos 90 minutos, nem na prorrogação. Na decisão da vaga já nos pênaltis, os jogadores do Brasil perderam todos e viram o Paraguai se classificar, frustrando os brasileiros que acompanharam o jogo, como o torcedor Henrique Gimenes. “Do jeito que está, a Copa do Mundo de 2014 no Brasil será uma vergonha. Todo mundo reclamou que o Dunga não chamou o Ganso e o Neymar, o Mano chamou e o Brasil passou vergonha de novo. Tem que mudar muita coisa até 2014”, reclama o torcedor.

Quando se acreditava que todas as zebras já tinham acontecido, veio mais uma: no último jogo das quartas de final a Venezuela venceu o Chile, por 2 a 1, e pela primeira vez chegou à semifinal da competição. O Chile, melhor seleção da primeira fase, perdeu para a que sempre foi considerada a pior das 10 seleções da América do Sul.

Uruguai cresce no momento decisivo

Na semifinal, o Uruguai jogou bem e passou fácil pelo Peru, 2 a 0, com grande atuação e dois gols de Luis Suárez. No outro jogo, o Paraguai eliminou a Venezuela nos pênaltis, após empatar no tempo normal seu quinto jogo seguido na Copa América. Os venezuelanos saíram satisfeitos da competição, mesmo o time tendo perdido a disputa do terceiro lugar para o Peru, do artilheiro da competição com cinco gols, o atacante Paolo Guerreiro.

Na grande decisão, os uruguaios lotaram o Monumental de Nuñes, em Buenos Aires, e viram sua seleção jogar bem e vencer o Paraguai, que tinha empatado todos os seus jogos até aqui. Suárez abriu o placar e Forlán, que ainda não tinha feito gol na Copa América, fez dois e ajudou o Uruguai a ganhar pela 15ª vez a competição continental e a se tornar, assim, o maior vencedor da competição (deixando a Argentina com 14 títulos). De quebra, encerrou um jejum de títulos que durava desde 1995, quando a seleção celeste ganhou a Copa América em casa, contra o Brasil, na final.

A participação do Brasil na Copa América decepcionou os torcedores, mas há quem defenda a atuação da seleção canarinho. “Agora vão falar mal do Ganso, do Neymar, vão chamar o Júlio Cesar de frangueiro. A pressão em cima do Mano Menezes vai ser muito grande, mas devemos dar tempo para o técnico. Teremos três anos para o Mundial aqui no país, até lá muita coisa pode acontecer. Todo mundo queria este time que jogou, agora vão querer mudar tudo. O povo aqui é muito passional, ou é oito ou é oitenta”, disse o torcedor do Brasil Diego Clemente.

Já para a torcedora botafoguense Cristiane Lourenço, deu gosto de ver o Uruguai jogando, mesmo que Loco Abreu tenha jogado poucos minutos durante toda a Copa América. “Torci mais para o Uruguai do que para o Brasil, não só porque o ídolo do meu time joga lá, mas porque eles demonstraram muita vontade de ganhar, com raça e bom futebol. Lugano, Muslera, Forlán e Suárez jogaram muito. O Brasil que abra o olho para que em 2014 eles não surpreendam de novo”, alerta.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Os encantos do pássaro azul: Twitter vira mania entre os jogadores de futebol

Cada vez mais atletas se rendem ao uso da ferramenta para se expressarem, mas nem sempre o resultado é positivo

Reprodução da Internet
Nos últimos dois anos, o Twitter se popularizou em vários meios da sociedade, desde estudantes, passando por jornalistas e personalidades, até médicos e psicólogos. Muita gente se interessa pela ferramenta, utilizada para escrever cometários e expor opiniões. E, como não podia deixar de ser, o meio esportivo também entrou para o time: atletas, dirigentes e torcedores estão cada vez mais usando o microblog para dizerem o que pensam.

No mundo do futebol tem sido comum ver jogadores usarem o espaço de 140 caracteres para comentarem sobre os jogos, os times e até provocarem os rivais. Quando um jogador usa o Twitter pra reclamar que está no banco de reservas, falar mal do esquema do técnico ou criticar a própria torcida, cria uma mal-estar, como o que ocorreu recentemente com o atacante Caio do Botafogo. Ele reclamou de ter sido improvisado como ala na partida contra o Olaria. O jogador reclamou do calor, do sol forte e do posicionamento. Para evitar maiores problemas, a diretoria do alvinegro carioca proibiu os jogadores de usarem o Twitter.

Alguns, como o zagueiro Dedé do Vasco, defendem o uso da ferramenta como um meio de comunicação eficaz com a torcida. “Reclamar sobre o clube é meio complicado. O Caio é muito meu amigo, inclusive, mas vi que ele foi repreendido. Mas o Twitter é uma forma de o jogador falar o que pensa diretamente com o torcedor”, disse o jogador. Outro caso polêmico foi a troca de ofensas entre o zagueiro Alex Silva do São Paulo e o meia chileno Valdivia, do Palmeiras, após um clássico que terminou empatado entre as duas equipes.

Após ser expulso, Alex disse que o árbitro deveria ter expulso Valdivia, já que o chileno tinha feito o mesmo tipo de falta que ele. Pelo Twitter, o palmeirense mandou o zagueiro calar a boca e ainda disse que o são-paulino só sabia bater. Alex Silva respondeu afirmando que queria ver o Valdivia mandar ele calar a boca na rua e que só calaria a boca se o chileno tivesse mais títulos no futebol do que ele.

Problema estaria no desconhecimento da proporção que tem o Twitter 

Para o especialista em marketing esportivo, Rafael Zanette, falta mais orientação para os atletas sobre o tamanho dessa ferramenta e da proporção que ela pode tomar. “Muitas vezes eles não têm noção da proporção do Twitter. Muitos acham que estão falando apenas para amigos, mas eles têm às vezes mais de 20 mil seguidores, o que atinge uma repercussão gigantesca, podendo acarretar até em processo”, analisou Zanette.

Não são só os jogadores que usam o microblog para falar o que pensam, alguns dirigentes também aproveitam a ferramenta. O mais ativo neste quesito é o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, que usa o espaço para dar informações e novidades sobre o clube. Foi por esse meio que o presidente do Galo já anunciou, em primeira mão, algumas contratações, como o meia atacante Guilherme (ex-Cruzeiro), o polêmico Jobson (ex-Botafogo), o volante Richarlyson e até o ex-treinador do time Vanderlei Luxemburgo.

Alguns jogadores conseguem usar a ferramenta a seu favor. O meia Kaká, do Real Madrid, é um exemplo de bom uso do Twitter. Ele que não usa frases polêmicas, nem faz críticas abertas a ninguém, costuma só colocar coisas positivas e já possui mais de três milhões de seguidores, tornando-se o brasileiro com mais seguidores na rede. Outro caso interessante é o do volante Sandro, do Tottenham, da Inglaterra, que aderiu à nova mania para garantir uma boa relação com os torcedores ingleses. Hoje, a maioria dos seus posts são em inglês e quase todos os seguidores torcedores do clube inglês. Segundo o jogador, a preocupação e o cuidado na Europa com a imagem do jogador é muito grande em relação ao Brasil. O clube se preocupa, pois sabe que, com o bom uso da ferramenta, o atleta, o clube e seus fãs só tem a ganhar.

Positivo ou negativo, o fato é que os torcedores têm aprovado essa nova forma de interação com seus ídolos, conhecendo melhor seus hábitos e pensamentos fora das quatro linhas e dentro dos 140 toques. O estudante Alexandre Ferreira, torcedor do Flamengo, segue o Twitter de vários jogadores, não só do seu time, e diz que usa a ferramenta para acompanhar a rotina dos atletas. “Pelo Twitter consigo saber o que os jogadores fazem ou pensam. É bom também porque acompanho não só os do meu time, mas todos os que eu admiro”, relata.

Se esta moda será passageira ou não, é cedo para saber. O que fica claro é que no mundo de hoje os atletas, dirigentes, jornalistas e torcedores estão usando cada vez mais esse recurso a fim de se comunicarem. Se bem usada, a ferramenta pode ajudar na imagem de alguns atletas, contudo, quando mal manuseada, pode atrapalhar ou rotular a carreira de outros. E haja trabalho para as assessorias de imprensa dos clubes.

Link: http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=6719

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ronaldo para diante de um adversário implacável

Problema de tireóide contribuiu para o fim da carreira do Fenômeno aos 34 anos. Entenda como a disfunção hormonal afetou o craque

Reprodução da Internet
No dia 14 de fevereiro de 2011, foi escrita uma importante página na história do esporte mundial. O fim de um ciclo vitorioso de um dos maiores atacantes que o futebol já teve revelou todo o drama de um craque. Foi nessa data, em uma entrevista coletiva de pouco mais de uma hora e acompanhado pelos filhos Alex e Ronald, que o agora ex-jogador Ronaldo anunciou o fim da carreira, aos 34 anos.

Com um currículo invejável, o craque, campeão de duas Copas do Mundo e três vezes eleito o melhor jogador do planeta, pendurou as chuteiras, após 18 anos de carreira. Sentindo dores pelo corpo, o Fenômeno disse que não aguentava mais e que o hipotireoidismo prejudicou seu rendimento físico. “Há quatro anos, no Milan, descobri que sofria de um distúrbio chamado hipotireoidismo, que desacelera o metabolismo. Para controlar, teria que tomar alguns hormônios não permitidos no futebol. O uso seria doping”, declarou o craque durante a coletiva.

O hipotireoidismo é um mau funcionamento da glândula tireóide, que fica no pescoço e é responsável pela produção de hormônios que regulam o funcionamento do corpo. Quem possui a doença produz poucos hormônios responsáveis por controlar a velocidade com que o organismo gasta energia. Segundo a endocrinologista Rosita Fontes, alguns sintomas são a falta de ânimo, cansaço e a sonolência. "Essas substâncias transformam o que comemos em energia, por isso os sintomas mais comuns são o cansaço, pouca disposição e a sonolência", explicou.

Especialistas em fisiologia do esporte afirmam que o hipotireoidismo prejudicaria Ronaldo mesmo que o jogador tivesse se submetido a tratamento com hormônios. “A maioria dos afetados consegue levar vida normal com a reposição, mas para um atleta de alto rendimento a exigência é maior. Isso somado ao histórico de lesões de Ronaldo torna a situação muito desfavorável”, declarou o fisiologista Carlos Herdy.

Revolta da “fiel torcida” também pesou na decisão

Roberto Carlos, ex-jogador do Corinthians e amigo pessoal de Ronaldo, revelou que o vandalismo da torcida também pesou na decisão de aposentadoria do Fenômeno. “Este foi um dos motivos para o Ronaldo sair. A gente não precisa passar por isso”, disse Roberto, em entrevista à Rádio Bandeirantes, lembrando os excessos cometidos pela torcida corintiana, que quebrou os carros dos jogadores após a eliminação da Libertadores pelo modesto Tolima, da Colômbia.

Grande parte dos torcedores diz que sentirão falta do Fenômeno, mas alguns dizem que estava na hora de ele se aposentar. “Tenho 25 anos e ele foi o melhor jogador que vi jogar, ele fará muita falta ao futebol”, afirmou o torcedor Henrique Souza. Já a torcedora Patrícia Fernandes acredita que ele já deveria ter parado. “Ele estava gordo e não jogava como antes, se continuasse assim mancharia sua imagem. Demorou a tomar esta decisão”, opina.

Com o fim da carreira, Ronaldo revela seus novos planos fora das quatro linhas. “Vou me dedicar à minha agência (9ine) e organizar a Fundação Criando Fenômenos”, disse o craque à imprensa em sua declaração de despedida do futebol.


Carreira do Fenômeno foi marcada por grandes vitórias e desafios

O craque foi revelado aos 16 anos pelo São Cristóvão. No modesto clube do Rio de Janeiro, chamou a atenção do Cruzeiro, que o contratou em 1993, foi campeão da Copa do Brasil no mesmo ano e mineiro em 1994, além de ser o artilheiro da competição. Acabou convocado para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo 1994, mas ficou no banco e não jogou.

Após o mundial com a Seleção, foi vendido para o PSV da Holanda, onde fez muitos gols e ganhou a Copa da Holanda em 1996. No mesmo ano, defendeu a Seleção nas Olimpíadas de 1996, na volta foi negociado com o Barcelona da Espanha. Ficou apena uma temporada no time da Catalunha. Mesmo assim chamou a atenção de todos pelos gols e pelo bom futebol, conquistando ainda a Supercopa da Espanha, a Copa da Espanha e a Recopa Europeia, além de ser eleito o melhor jogador do mundo em 1996.

No ano seguinte, em 1997, foi contratado pelo Internazionale da Itália. Continuou fazendo gols, foi eleito pela segunda vez seguida o melhor jogador do mundo e conquistou em 1998 a Copa da UEFA. Mas, no mesmo ano, perdeu a Copa do Mundo para a França, numa final que até hoje entristece o povo brasileiro.

Pelo Inter de Milão, onde ficou até 2002, Ronaldo sofreu duas graves contusões no joelho, uma no fim de 1999 e outra em 2001. O craque se recuperou a tempo de disputar a Copa do Mundo de 2002, ganhando o título pela Seleção e ainda se tornando o artilheiro da competição.

Depois do grande desempenho no mundial, Ronaldo foi contratado pelo Real Madrid, da Espanha, e no mesmo ano, em 2002, foi eleito pela terceira vez Melhor Jogador do Mundo. Na capital espanhola, o Fenômeno conquistou dois títulos nacionais, em 2003 e 2007, além de uma Copa da Espanha em 2003.

No ano de 2007, seu prestígio começou a cair no time de Madrid e as críticas sobre seu peso começaram. Logo o jogador começou a frequentar o banco de reservas e foi perdendo espaço no time. Insatisfeito, o craque acertou sua ida para o Milan, voltando para a Itália. Ele não conseguiu retomar a boa fase e descobriu que tinha hipotireoidismo, o que dificultava que ele se mantivesse em boa forma física.

Depois de o Milan decidir não renovar seu contrato, no início de 2009, Ronaldo voltou ao Brasil, manifestando interesse em defender o Flamengo durante um período de treinos no clube carioca. Contudo, ele foi para a capital paulista, assinou contrato com o Corinthians e frustrou os flamenguistas.

No Timão, ele conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil em 2009, voltando a decidir jogos e caindo nas graças da torcida corintiana. Contudo, no ano seguinte as lesões e problemas de peso ficaram mais frequentes e o fato de ter sido eliminado duas vezes na Libertadores, em 2010 e 2011, irritou os torcedores, que já contestavam a participação dele nos jogos. Era a senha para o adeus.

Link: http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=6571